Desafiando a justiça, prefeito de Quixadá realiza seleção para burlar concurso

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O maior município do Sertão Central, Quixadá, vive dias difíceis. A Terra dos Monólitos passa por uma crise moral, ética, política e financeira que descredibiliza as instituições públicas local. Para piorar o cenário, o prefeito, Ilário Marques(PT), desafia, novamente, a Justiça, desrespeitando a decisão judicial favorável aos concursados aprovados no certame de 2016 e lança edital de processo de seleção pública simplificada para para profissionais do Magistério.

A administração petista burla o concurso porque em 2018, quando do afastamento de Ilário Marques por suspeita de comandar esquema de propina na Prefeitura, a justiça deu ganho de causa aos concursados para nomeação e posse. Obedecendo a determinação judicial, o prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, homologou o concurso.

Ao retomar o poder, o atual chefe do Executivo quixadaense continuou com sua intenção de tentar aniquilar o concurso, uma vez que desde que assumiu o comando da Prefeitura, tenta, a todo custo, anular o concurso realizado na gestão de João da Sapataria, político que o venceu nas eleições de 2012.

A seleção simplificada do governo municipal, de acordo com o edital de nº 003/2019, tem inscrições prevista entre os dias 1 a 5 de julho de 2019 com vagas para professores temporários de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e para as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Educação Física para o Ensino Fundamental II. O processo é realizado através de análise curricular e entrevista.

O advogado dos concursados, Leandro Teixeira, questiona a seleção, uma vez que há, ainda, professores esperando suas nomeações.“Este processo afronta o concurso porque são cargos que estavam disposto no concurso e tem professor classificável esperando para ser chamado, não precisava fazer uma seleção, bastava chamar os classificáveis. Isto é apenas uma forma dele burlar o concurso. As pessoas prejudicadas podem procurar as via judicial”, disse Teixeira.

O defensor faz os questionamentos baseados no edital que regulamentou o concurso de 2016. Pelo menos três itens do documento discorrem sobre o preenchimento de vagas abertas pelos classificáveis, que deverão ser convocados, neste caso, até o fim do prazo de validade do concurso, que é contado a partir da homologação do certame. Os itens 1.2, 8.1 e 8.2 do edital do concurso confirmam as declarações do advogado dos concursados. O item 8.1 trata da validade do certame já o item 8.2 diz que “A diferença entre o número de aprovados e o de classificados dentro do número de vagas, constantes do item 1.1, deste Edital, constituir-se-á em cadastro de reserva, para substituir eventuais desistências ou abertura de novas vagas no prazo de validade do concurso”.

Os aprovados no certame de 2016, mais uma vez se sentem prejudicados com a atitude do alcaide. Em 2019, Ilário promoveu jantar para os candidatos que foram nomeados, enquanto isso, nos bastidores, se movimenta para garantir a anulação do concurso. Agora, pode deixar ainda mais os concursados na mão, pois, se a justiça e o Ministério Público não agirem, no próximo dia 15 de julho, os quixadaenses saberão o resultado do processo de escolha promovido pela gestão que diz não aos concursados mais uma vez.

Veja abaixo o edital da seleção da Prefeitura de Quixadá.

 




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