Apontada como a principal alternativa de fornecimento hídrico para os cearenses nos próximos anos, caso as previsões de mais um período de seca se concretizem, a Transposição do Rio São Francisco corre o risco de parar até que sejam concluídas as investigações sobre desvios milionários de recursos destinados pelo Governo Federal para a conclusão da obra que vai beneficiar mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Prevista para terminar em 2017, a transposição do “Velho Chico” atende a uma demanda de recursos hídricos na região Nordeste do Brasil.
A integração do Rio São Francisco é considerada a maior obra de infraestrutura para abastecimento de água da história do Brasil. Iniciada em 2007, a conclusão da transposição estava originalmente planejada para 2012, mas após vários contratempos, a entrega foi sendo adiada. Nesse intervalo também saltaram os investimentos. O orçamento inicial previa R$ 4,8 bilhões, mas atualmente supera os R$ 8 bilhões.
De olho nos números, a Polícia Federal iniciou investigação no sentido de apurar superfaturamento de obras de engenharia executadas por empresas em dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco. Nesta sexta-feira, foi deflagrada a Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória. O nome representa a mulher do sertão, que não se rende à miséria. Uma personagem descrita no livro “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados.
Segundo a Polícia Federal, foram presos um executivo que representa a OAS e a Coesa, um da Barbosa Mello e dois da Galvão Engenharia. As prisões são temporárias e valem por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, ou podem ser convertidas em preventivas – quando não há prazo definido. Além das prisões, cerca de 150 policiais federais cumpriram 32 mandados judicias, sendo 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento) no Ceará, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, no Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e na Bahia.
Ainda de acordo com a PF, empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas. Os valores eram destinados à transposição do rio, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são de R$ 680 milhões.
Podemos inferir de toda essa conjuntura é que não adianta nada se criar no Brasil uma política totalmente influenciada pelo poderia das grandes empresas, dos grandes banqueiros, da mÍdia PIG ( que tenta dominar todo e qualquer governo), das multinacionais. As grandes fortunas doadas a partidos maiores, por empresários se torna sim uma barganha, pois eles não irão doar nada de graça, nada como filantropia. Por outro lado a política rasteira de parte dos partidos maiores e de parte dos políticos componentes deste partido vem causando com certeza grandes prejuízos ao país, pois não é só a corrupção não, maus políticos como estamos vendo no congresso são uns verdadeiros parasitos, eles causam uma verdadeira tragédia à nação. É como diz o ditado: os políticos fazem a festa e quem dança é o povo.