Durante entrevista na manhã do último sábado, dia 07, o senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, garantiu que a partir de março o partido irá retomar os encontros regionais pelo Interior do Ceará.
Segundo o senador, está na hora do PMDB voltar a ouvir os cearenses com os encontros. Para Eunício, esse será um momento de debater a seca e acompanhar as promessas de campanha feitas pelo governador eleito, Camilo Santana, sabendo da população o que foi realizado de melhorias nas suas cidades e quais os principais problemas diagnosticados.
Sobre a seca, problema sério que o Ceará enfrenta, na avaliação de Eunício, não somente o nosso Estado, mas o Nordeste e o País passam por uma crise hídrica grave em que ninguém sabe, até o momento, quais serão as consequências dessa escassez de água para a produção de energia no Brasil e para o abastecimento humano.
Projeto
O senador informou também que seu trabalho e participação no Congresso Nacional continuam com atenção especial na Reforma Política. O peemedebista informou que está sendo elaborado projeto de lei, com o objetivo de regulamentar a criação de partidos e a fusão partidária, estabelecendo um prazo mínimo de cinco anos de existência das siglas para que elas possam se fundir.
Em sua opinião, essa regra vai contribuir para organizar a criação de novas legendas. Além disso, reforça, ser necessário garantir a Reforma Política, discutindo temas como o voto distrital e o fim das coligações proporcionais. “Temos de encontrar caminho para a decência e a transparência das eleições, para que sejam livres de influência do poder econômico, do dinheiro sujo e da corrupção”, defendeu.
Indignação
Eunício também comentou sobre os escândalos na Petrobras e o fim do sonho da refinaria para o Ceará. O peemedebista garantiu que, havendo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado sobre o caso, ele irá assinar e cabendo também, como líder do PMDB, indicar os membros para a Comissão.
Porém, observa, o que causa mais indignação é o fato do Estado ter perdido a refinaria, um projeto o qual foi gasto quase R$ 700 milhões de verba estadual. Para o senador, essa foi a “maior irresponsabilidade” que um governador já fez com a sua população, acreditando que o ex-governador do Ceará já sabia antecipadamente da perda da refinaria do Ceará. Assim como a população, pontua Eunício, a bancada cearense no Congresso também foi pega de surpresa com o anúncio de que o empreendimento não viria mais para o Estado.
“Vejo com muita tristeza e indignação, um estado pobre como o Ceará jogar no lixo não só essa oportunidade, mas quase R$ 700 milhões de dinheiro público”, comentou. O parlamentar espera que o Ministério Público tome todas as providências para investigar todo o gasto feito pelo Governo do Estado para trazer a refinaria.