O prefeito petista de Barrinha, município paulista, Mituo Takahashi, pintou, literalmente, a cidade de vermelho e está sendo processado pelo Ministério Público por ferir os princípios que devem nortear a administração pública.
Quem chega ao município de 30,5 mil habitantes, na região de Ribeirão Preto, consegue ver facilmente a grande quantidade de prédios e espaços públicos que estão com a mesma cor do seu partido.
São praças, canteiros, bancos, parques, guias e sarjetas, postes e prédios públicos. Está tudo vermelho. Até as lixeiras da praça foram pintadas. Nem o prédio da prefeitura escapou. A cor também está presente dentro das escolas municipais.
Em dezembro, Takahashi comprou 3.000 cadeiras e carteiras para substituir as antigas. Todas as cadeiras são vermelhas e as mesas têm detalhes na mesma cor. Um grupo de vereadores da oposição decidiu que vai questionar o prefeito sobre o fato. “O prefeito está extrapolando o amor ao partido”, disse a vereadora Luzia Cursio (PMDB).
Segundo ela, a “onda vermelha” começou em novembro do ano passado. Um levantamento, de acordo com a vereadora, está sendo feito para saber o quanto foi gasto. Um requerimento já foi enviado ao prefeito solicitando explicações.
Na praça onde fica a quadra poliesportiva José Tertulino da Silva, logo na entrada, as guias e sarjetas foram pintadas. Um imóvel público que fica no local, também foi. O Centro Municipal de Educação Integral (Cemei) teve os muros pintados. Assim como o OSB-Skate Park, que antes, era azul.
O prefeito determinou a pintura até de um monumento, que fica na praça da Bíblia. No local, há realização de cultos evangélicos. O Centro Odontológico Oscar Takenobu Okano foi outro prédio público pintado de vermelho. “Ele deveria optar pela neutralidade das cores. O prefeito está levantando a bandeira do partido”, afirmou a peemedebista.
O cientista político René Bernardes de Souza Júnior disse que a atitude do prefeito pode ser enquadrada em propaganda partidária ilegal. “Quando pinta a cidade inteira com a cor que remete a ideologia partidária e em ano de eleição, implica em ato de inconstitucionalidade”, afirmou. Segundo ele, a situação fica ainda pior se envolver uso de verba pública.
Condenação
Em 2012, o Tribunal de Justiça (TJ) condenou o ex-ministro Antonio Palocci a devolver aos cofres de Ribeirão Preto valores gastos com propaganda quando era prefeito da cidade, em 2001. Para o TJ, houve propaganda ilegal no uso do símbolo “P/R”, em que a primeira letra, estilizada e em cor vermelha cor do seu partido, o PT, foi considerada “tendenciosa”.
O petista também usava a própria imagem e as frases “Ribeirão Moderna e Humana” e “Ribeirão, Um Ano de Conquistas”. De acordo com a 2ª Vara da Fazenda Pública, Palocci gastou R$ 413,2 mil com publicidade e suplementou em R$ 500 mil a verba para o fim.
Outro lado
A Prefeitura de Barrinha informou, por meio de sua assessoria, que a cor vermelha está presente no brasão da bandeira do município e que não há nenhuma alusão a partido político. A cor consta numa faixa do brasão, sendo as cores azul, verde e amarelo predominantes na imagem.
Informou ainda que a cor vermelha foi usada para pintar os prédios e espaços públicos porque havia disponibilidade no almoxarifado do município, argumentando que nenhum valor foi gasto pela atual administração.
Em nota, apontou que a compra de cadeiras e carteiras novas para as escolas foi no valor de R$ 800 mil e entre as cores existentes estava “a presente no brasão da bandeira do município.”
Em tempo…
Algumas cidades pintam de vermelho e outras de verde. A diferença está sempre na Câmara Municipal e no Ministério Público de cada lugar.
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Fonte: R7
BESTEIRA, TEM COISA MAIS IMPORTANTE PRA ESSES JUIZES QUE ACHAM QUE SÃO DEUS, É PRECISO UM A REFORMA NO JUDICIÁRIO JÁ, POIS É MUITO PODER NAS MÃOS DE POUCOS
Interessante! Aqui em Quixadá o partido que ganhou as eleições, o 10, o Verde, logo pintou tudo de verde, até o cemitério. Me corrijam se eu estiver errado. Então? E aí? Bora trabalhar Ministério Público do Ceará?