O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), informou a lideranças do seu partido que decidiu renunciar ao cargo.
Até aqui, Paulo Octávio mencionava a renúncia apenas de modo hipotético. Nos novos diálogos tratou do tema, pela primeira vez, em timbre peremptório.
Numa das conversas, Paulo Octávio chegou mesmo a informar que vai formalizar sua saída do GDF antes do final de semana, provavelmente nesta quinta (18).
Alega que não obteve apoio para restaurar a “governabilidade” da administração da Capital. Isolado, disse ter optado por bater em retirada.
Planejara reformar o secretariado, cercando-se de auxiliares notáveis. Os convites que formulou foram refugados.
Esperava obter o apoio de Lula para se contrapor ao pedido de intevenção federal no DF. O presidente nem o recebeu.
De resto, Paulo Octávio tentara convencer o DEM a não levar à Executiva o pedido de expulsão dele dos quadros do partido.
Os autores da proposta, Demóstenes Torres e Ronaldo Caiado, não recuaram.
Se Paulo Octávio fizer valer o que disse em privado, o cargo de governador ficará vago pela segunda vez em uma semana.
Preso na quinta-feira (10) da semana passada, o titular da cadeira, José Roberto Arruda, foi afastado das funções pelo STJ por tempo indeterminado.
Confirmando-se a renúncia do vice, o cargo de governador cairá no colo do presidente da Câmara Legislativa do DF.
Chama-se Wilson Lima, um deputado do PR. É um personagem controverso. Integra o bloco que, até a semana passada, apoiava cegamente o governo local.
Fonte: Blog do Josias