A bagagem da Mala(ndragem) começa a aparecer

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Muitos escândalos ao longo dos anos, envolvendo o nome do ex-prefeito de Quixadá, Ilário Marques, abalaram o cotidiano político da terra dos monólitos.

Denúncias as mais diversas: improbidade administrativa, contratações irregulares, gaiolas fantasmas, verbas recebidas e não utilizadas em sua plenitude, falsificação de documentos e por ai vai.

Mas nenhuma denúncia com tanta riqueza de detalhes como a que fora feita pelo presidente do poder legislativo de Quixadá, vereador Kleber Junior, ex-militante do partido dos trabalhadores, partido ao qual pertence Ilário.

Em plena sessão, o mencionado vereador, fez denúncias gravíssimas que o ministério público não deve deixar de apurar e a justiça punir.

A OAB, instituição séria, também tem papel importante solicitando que todos os fatos sejam apurados e a sociedade quixadaeense tome conhecimento da “qualidade” dos políticos que nos representam.

As denúncias, que foram seriíssimas, e acima de tudo não as foram feitas em esquina de rua, nem em praças, mais no plenário da câmara municipal de Quixadá, estado do Ceara a 168 km da capital Fortaleza.

O vereador Kleber Junior em sua fala afirmou que o ex-prefeito Ilário Marques teria cobrado um “pedágio” de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) para que Cristiano Goes (na época também do PT) fosse escolhido seu candidato a vice. Segundo Kleber, Cristiano na época alegou não dispor dos recursos exigidos e que sua família teria viabilizado a quantia.

Confirmação de uma denúncia

Cristiano Goes, que não quis gravar entrevista, confirmou que realmente “pagou” ao ex-prefeito Ilário Marques o valor para que sua candidatura a vice-prefeito fosse viabilizada, e que realmente esse dinheiro teria sido fruto de um empréstimo, já pago, a um parente de Kleber Júnior.

O presidente da câmara foi mais além ao denunciar que em 2004, no ano da eleição municipal, em plena greve bancária, conseguiram sacar da agência da Caixa Econômica Federal a quantia de R$ 100.000,00(cem mil reais) para entregar ao ex-prefeito.

Como se pode notar foi uma das piores armações feitas contra a democracia e tudo isso avalizada por uma instituição, que até então, parecia ser séria, no caso a Caixa Econômica Federal.

Tivemos acesso a prestação de contas da campanha do ex-prefeito, Ilário Marques, do ano de 2.004, e o pior é que na prestação de contas, tanto do candidato como do partido, não aparece essa grana sacada de forma criminosa e desleal.

Como podemos observar, segundo a documentação do Tribunal Superior Eleitoral, o então vereador Cristiano Goes somente teria doado a Ilário Marques a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), onde foram para os outros R$ 67.000,00 (sessenta e sete mil reais)?

CLIQUE AQUI para visualizar a prestação de contas de 2.004 do então candidato Ilário Marques.

Teremos investigação?

De acordo com a mesma documentação nenhum membro da família do vereador Kleber Júnior teria doado, sequer, um centavo para sua campanha. Novamente perguntamos, onde foram para os R$ 100.000,00 (cem mil reais) doados pela família do presidente da câmara de Quixadá.

Será que não cabe a policia federal cruzar os dados e verificar o teor das denuncias, já que a Caixa Econômica é um banco federal e o PT já comandava o país? Quem era o gerente a época? Será que ele, o gerente lucrou com essa negociata? O ministério público eleitoral deverá investigar essa prestação de contas?

As denúncias foram feitas e devem ser apuradas com rigor, para que políticos corruptos e inescrupulosos não continuem com a certeza de que jamais serão alcançados pela justiça, pois infelizmente muitos pensam assim.

Vale ressaltar que apenas uma mala foi aberta, a da família do presidente da câmara de Quixadá vereador Kleber Junior. Se apenas uma mala fez esse estardalhaço todo e deixou vários petistas preocupados e temerosos, qual será o teor das acusações das próximas malas a serem abertas.

CLIQUE AQUI e leia a notícia sobre as denúncias de Kleber Júnior.




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