Chegou, paga pedágio. A ordem é dos presos veterenos da Cadeia Pública de Quixadá, imposta aos detendos recém ingressos na unidade. A hierarquia interna estabelecida foge ao controle dos policiais que trabalham na cadeia.
O coronel Edivar Azevedo, comandante da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Quixadá, já foi informado da “situação constrangedora”, como ele mesmo define. Como alternativa, Azevedo prevê a transferência de presos para unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza ou mesmo para Juazeiro do Norte.
“Precisa é fazer a transferência dessas cabeças que estão fazendo tumulto da Cabeça Pública. O diretor tem que identificar quem é o responsável pela ordem interna. Nós temos efetivo suficiente para transferir todos os presos daqui (se necessário). Se o secretario determinar, até para outro estado a gente leva”, garantiu.
O coronel Edivar afirma que os presos “não podem extrapolar seus direitos, ficar determinando que o preso recente fique pagando pedágio, ficar denegrindo a imagem, humilhando. É uma situação muito constrangedora para quem está lá dentro”.
Ouça a entrevista com o coronel Edivar, na participação do correspondente Herley Nunes.