Em sessão ordinária virtual, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) analisou a prestação de contas do governo de Ilário Marques durante seu mandato como Prefeito de Quixadá no exercício financeiro de 2019. Por unanimidade, os conselheiros emitiram um parecer prévio desfavorável ao petista, indicando a desaprovação das contas pelo órgão fiscalizador. O parecer, assinado em 2023, foi lido na sessão ordinária da Câmara Municipal de Quixadá nesta quinta-feira (11), devendo entrar na pauta de votação já na próxima semana.
O relator do processo, conselheiro Rholden Botelho de Queiroz, e os demais membros do TCE destacaram preocupações com a gestão de Ilário Marques. Durante seu mandato, Quixadá enfrentou diversos problemas, incluindo escândalos de corrupção, perseguição a trabalhadores ambulantes e verdureiros, anulação de concursos, abandono da Educação e falta de investimentos nos distritos. Além disso, o hospital local foi negligenciado, e o caso das 13 colunas do Eudásio Barroso veio à tona.
Ao longo de seus 16 anos à frente da Prefeitura de Quixadá, as gestões de Marques deixaram a economia local estagnada, afastando investimentos da iniciativa privada. Durante sua última gestão (2017-2020), o município ganhou destaque nacional por casos de corrupção, como a Operação Casa de Palha. A trajetória política do petista sempre esteve marcada por problemas judiciais, tornando-o inelegível. Na tentativa de manter influência política, Ilário busca agora emplacar o nome de seu filho como candidato a prefeito, minimizando os escândalos de suas administrações.
Agora, as contas de 2019 passa pelo parecer da Câmara Municipal de Quixadá, que vai analisar o que foi decidido pelo TCE. A situação é considerada difícil para o petista, pois seu partido conta com apenas quatro vereadores, um número pequeno de votos para tentar reverter o parecer desfavorável do TCE, no Legislativo quixadaense. Além disso o vereador Renê Matias (PSB), em discurso na tribuna da Câmara, ressaltou que Ilário estaria “se escondendo” para não assinar o recebimento do processo que tramita naquela Casa Legislativa.
