No estado do Ceará, 40 cidades estão em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya, de acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti(LIRAa) de 2018. Desse total, 37 estão em alerta e três em risco de surto das doenças. Outras 141 estão em situação satisfatória. A capital do estado, Fortaleza, está em situação satisfatória. No Ceará, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósito de água, seguida de depósitos domiciliares e lixo.
Segundo o Ministério da Saúde, no Sertão Central as cidades que estão de alerta ou risco para dengue, zika e chikungunya são: Boa Viagem, Canindé, Ibicuitinga, Milhã, Quixadá, Quixeramobim e Senador Pompeu.
Dados Nacionais
Em todo o país, 5.358 municípios, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.
Grande parte dessas infestações vem da falta de compromisso dos moradores que descumprem as recomendações dos profissionais da saúde. Enquanto a população não ajudar os focos do mosquito só tende a aumentar.