Prefeito afastado de Quixadá ataca Promotor e admite irresponsabilidade com a coisa pública ao contratar empresário que ele chama de criminoso

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O prefeito afastado de Quixadá, Ilário Marques, enfrenta dias difíceis, sendo destaque nas páginas policiais dos principais veículos de comunicação do estado após afastamento do cargo pela justiça por um prazo de 180 dias, medida executada, na última quinta-feira (16), na operação “Fiel da balança”. O fato, que é consequência de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), tem deixado os quixadaenses estarrecidos, sobretudo com as atitudes tomadas e reveladas pelo petista nos últimos dias. O gestor atacou o órgão ministerial e admitiu fazer contrato com um criminoso, adjetivo usado por ele ao se referir ao empresário delator do esquema de desvio de verbas públicas instalado na Prefeitura do município.    

Marques, em entrevista ao programa “Ceará News” da Rede Plus de Rádio FM, na terça-feira (21) , fez duras críticas ao MPCE, acusando a instituição de adversária política. “O Ministério Público foi altamente precipitado, injusto em fazer uma coisa parcial, o que da impressão que é uma armação política em época de eleição. Alguém por trás, alguém movimentando para atingir e inclusive envolver o nome da nossa querida deputada Rachel”, retrucou.

O gestor afastado não parou por ai, investiu contra o promotor de justiça do munícipio ao falar de perseguição. “Afastar sem me ouvir, afastar sem uma outra opinião, sem uma outra informação? Eu me sinto perseguido pelo promotor Marcelo Cochrane em Quixadá”, atacou Ilário.

Sobre o proprietário da DLF Limpeza, Ernani Teles, delator do suposto esquema de propina oriunda de contratos para limpeza urbana da Terra dos Monólitos, o alcaide fez revelações que colocam em xeque sua própria imagem como gestor. De acordo com ele, o empresário responde a 20 processos, dos quais imputou a Teles os crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, improbidade administrativa (crime que também foi cometido pelo petista e que é um dos apurados na “Fiel da balança), corrupção passiva formação de quadrilha e violência doméstica. “Eu peço só apenas o direito de não ser julgado por uma denúncia, que se quer fui ouvido, por uma pessoa que não tem o mínimo de credibilidade, porque a pessoa é envolvida com crime de corrupção, crime de formação de quadrilha ocultação de bens são vinte processos e quis me extorquir, fez chantagem e ainda, nas entrelinhas, fez ameaças a minha vida”, acusa o petista, que assinou o contrato com o empresário.

O que é de se estranhar, é que, mesmo tentando demonstrar, na entrevista, um aparente zelo pela Administração pública municipal, Ilário Marques ao se defender da denúncia do empresário, o acusa de crimes, mas firmou contrato para que a DLF Limpeza, de propriedade de Ernani Teles, prestasse serviço para a Prefeitura de Quixadá, admitindo irresponsabilidade com a coisa pública, uma vez que abriu as portas do governo municipal para quem ele chamou de criminoso. O petista se contradisse ao afirmar que não faz contratos com empresas e pessoas envolvidas com coisas erradas. “Se houver qualquer empresa suspeita disso, nós não aceitaríamos, todo mundo sabe que eu não dou menor trela, não aceito. Todo mundo sabe que eu não ando com qualquer tipo”, disse.  

A tese de que tem cuidado com o que é público, declarada por Marques, também é refutada pelo o Ministério Público. O órgão informou ao Tribunal de Justiça do Estado, no Procedimento Investigatório Criminal, que RPC Locações e Construções Eireli – EPP, empresa contratada para a execução de serviços de limpeza urbana no município de Quixadá, e seu sócio-administrador, Paulo César Mendonça de Holanda, são investigados por graves irregularidades no município de Pacajus.




Comentários

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  1. Eita que essa novela vai longe, ambos estão enrolados. Um dizendo que é X e ou outro é Y, mas cada caso é um caso e, ambos são casos complicados. O dono dessa empresa, é dono só que não aparece o nome dele como sócio, a DFL é dele e novamente o nome dele não aparece, sem contar as outras que existem em nome de alguns laranjas, inclusive de uma moça lá na cidade de mombaça que passou de funcionária a dona de empresa. Ai é briga de cachorro grande que no final vão estar os dois de braços dados, dividindo o dinheiro publico.

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