Não bastasse a educação em Quixadá estar entre as piores do Ceará, segundo dados do governo, a saúde continua retrocedendo. A população sofre com a falta de medicamentos, insumos e exames laboratoriais, e agora pode sofrer, também, com a volta do sarampo. A enfermidade era considerada uma doença erradicada no Brasil desde 2016, mas isso mudou neste ano.
De acordo com uma reportagem do Jornal Diário do Nordeste, o vírus continua ameaçando o estado do Ceará. Segundo a publicação, mesmo sem ocorrências da enfermidade desde 2015 mais de 30% dos municípios cearenses apresentam risco alto, ou muito alto, para a reintrodução do vírus da doença. Informações da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará mostram que sete cidades possuem risco muito alto e outras 54 têm risco alto de registrarem novos casos da doença. Dentre as cidades consideradas com risco alto algumas estão localizadas no Sertão Central, tais como Quixadá, Quixeramobim, Banabuiú e Canindé.
O Sarampo é uma doença causada por um vírus e desenvolve na vítima quadros de encefalite, infecções e pneumonia que podem levar o paciente a óbito. Dados divulgados pela Agência Brasil indicam que o Brasil já tem 822 casos confirmados de sarampo. Os números sobem rápido pois o vírus é de fácil transmissão. E, apesar de na maioria das vezes causar um quadro leve, como uma gripe, que evolui para manchas vermelhas na pele, em alguns casos há complicações importantes.
Os sintomas do sarampo aparecem apenas de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Os principais sinais são: febre alta, conjuntivite, irritação na pele e manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza, dor de garganta. A única prevenção é a vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.
