Monólitos Post

Osmar Baquit e seu líder Cirilo Pimenta

Nada como a proximidade de uma eleição e o interesse político para fazer uma pessoa mudar de opinião. Nesta semana o deputado Osmar Baquit concedeu uma entrevista para a Rádio Campo Maior de Quixeramobim. Durante a entrevista o parlamentar deixou bastante claro onde emprega seu esforço político. Em sua fala Baquit ressaltou que todos os valores destinados a suas emendas parlamentares, cerca de um milhão de reais, foram para beneficiar a Terra de Antônio Conselheiro.

“Quando veio a luta para a faculdade de medicina muita gente achava que ele é do Quixadá e vai ficar contra (…) eu quero só colocar que eu lutei muito sim para o curso ficar ai (em Quixeramobim)” declarou o deputado. Na entrevista, Osmar diz que não está nem ai para o que ele denominou de “bairrismo” entre os moradores de Quixadá e Quixeramobim.

Não. Não se trata de bairrismo nobre parlamentar. Em 2015, os quixadaenses se uniram para lutar pela implantação do curso de Medicina. Naquela época os filhos da Terra dos Monólitos não tinham bandeira partidária, todos lutavam por uma causa. O deputado “quixadaense” esquece que a implantação do curso de Medicina traz investimentos para o município, aquece o comércio local, aumentando os alugueis de casas, haverá aumento no consumo de alimentação, novas construções, entre diversos outros benefícios.

Não. Não se trata de bairrismo nobre parlamentar. Seria interessante alguém lembrar ao deputado que os investimentos que aconteceram na Terra dos Monólitos, nas últimas décadas, foram graças a iniciativa privada, que inclusive está transformando o município em uma cidade universitária. Tudo isso sem o apoio dos políticos e dos órgãos público, muito pelo contrário, a prefeitura de Quixadá prefere aumentar o IPTU de forma exorbitante, mesmo que cause desemprego, gere fechamento de pequenas empresas e sufoque a população mais pobre.

Não. Não se trata de bairrismo nobre parlamentar. Se observarmos Quixadá pela óptica política, vislumbramos que longo do tempo a cidade não conseguiu se devolver em nenhum aspecto, tanto de cunho econômico ou social. Tudo isso graças a atuação de algumas gestões – inclusive a atual – consideradas pífias, e as atuações insignificantes de seus representantes políticos. O povo tem noção que Quixadá, há algum tempo, não consegue se desenvolver, e sabemos que os políticos nada fizeram para melhorar essa situação.

Não. Não se trata de bairrismo nobre parlamentar. Os quixadaenses se lembram até hoje onde o senhor estava quando foi convocado para a luta do hospital regional do Sertão Central. Aliás, nós lembramos onde o senhor não estava: ao nosso lado. Portanto essa não seria a primeira vez que Osmar Baquit vira as costas para o povo de Quixadá.

Nota-se pelo discurso de Baquit que, quem não se desenvolveu, também, foram os políticos quixadaenses, pois se limitam aos discursos e aos debates politiqueiros, deixando, com isso, de lado os avanços que a nossa população tanto precisa. Lembrando que Baquit foi o grande fiador da gestão de João da Sapataria, e continua agora na de Ilário Marques – talvez por isso a população compare as duas e as considere muito parecidas.

Por: Herley Nunes
Email: monolitosquixada@gmail.com