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Pedro Baquit, Laércio Oliveira e Duda foram arrolados como testemunhas

A questão do concurso público realizado pela Prefeitura Municipal de Quixadá se tornou um enredo de uma novela. Ontem (06) aconteceu mais um importante capítulo. No início da noite foi realizada uma audiência na 3ª Vara da Comarca do município, porém a audiência teve que ser prorrogada para o dia 24 de janeiro de 2018, pois não foi possível ouvir todas as testemunhas, algumas apresentadas pelo Ministério Público e outras pela gestão municipal.

Vários candidatos aprovados no certame resolveram acompanhar de perto a audiência e, com isso, o pátio do fórum Desembargador Avelar Rocha ficou lotado, houve, inclusive, uma distribuição de adesivos no local.

Importante ressaltar que o trabalho realizado pelo Ministério Público está sendo de fundamental importância no decorrer de todo esse processo. Já o prefeito optou por uma relação de animosidade com as pessoas que passaram no concurso público, e, também, com o Ministério Público, tudo isso numa tentativa de continuar com os prestadores de serviços na gestão.

Contudo na audiência ocorrida nesta quarta, um caso está chamando atenção de toda sociedade, três políticos quixadaenses foram arrolados como testemunha da administração municipal, ou seja, eles deverão se posicionar contra o concurso público.

Pedro Baquit e Augusto César – o Duda – deverão, na próxima oportunidade, falar para o magistrado Dr. Roberto Nogueira Feijó. Já o vereador Laércio Oliveira, cujo nome consta na lista protocolada, disse que  não participará da audiência marcada para o início do próximo ano.

Pedro Baquit, que é sobrinho do deputado Osmar Baquit, não teve condições políticas de postular a reeleição, seu nome não conseguiu empolgar os eleitores quixadaenses, porém, como prêmio de consolação, foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Pode-se notar que ele deverá “obedecer” a orientação de seu chefe.

Já Duda, ex-presidente da câmara, postulou a reeleição mas teve sua tentativa frustrada pelos eleitores. O ex-parlamentar espera ser convocado para algum cargo na gestão, com isso deverá se submeter a ser testemunha nesse processo.

O vereador Laércio Oliveira disse que ficou surpreso de ter seu nome entre as testemunhas nesse processo, e que não compareceu e nem comparecerá. “Colocaram meu nome lá sem eu saber. Fui pego de surpresa” disse o parlamentar.

Enquanto isso 754 candidatos que dedicaram seu tempo para concorrer a uma tão sonhada vaga em um emprego público, sofrem com as constantes humilhações em ter que lutar para garantir seus direitos que é determinado por lei, ou seja, o acesso ao serviço público é regra e deve ser obedecida pelos chefes do Executivo, seja municipal, estadual ou federal.