Instituto Federal do Ceará em Quixadá diz que está instalado em área autorizada para desmatamento

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A unidade do Instituto Federal do Ceará em Quixadá (IFCE) manifestou-se sobre a questão da destruição gradual das árvores centenárias da alameda do Açude Cedro.

O assunto foi exposto em matéria especial recente, assinada por Gooldemberg Saraiva, um dos redatores do Monólitos Post, que mostrou que os cupins, a ocupação humana e o descaso são algumas das principais ameaças às árvores centenárias. A matéria também chamou atenção para o impacto de larga escala exercido sobre a flora nativa causado pela instalação da Universidade Federal do Ceará e do Instituto Federal do Ceará no local.

Matéria: Merecem Socorro: Árvores centenárias da alameda do Açude Cedro estão sendo destruídas

Apenas o IFCE se manifestou sobre a exposição desta importante questão ambiental em nota assinada por Rebeca Freitas Cavalcante.

Reproduzimos abaixo os esclarecimentos adicionais dados pela assessoria de comunicação da Instituição Federal: 

Caro Gooldemberg,

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus de Quixadá informa que a sede da instituição está em uma área de reserva legal de 0HA (ou seja, não é uma área de reserva legal) com uma área autorizada para desmatamento de 2,49HA. Essa autorização foi emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) quando da construção do Instituto e renovada, até 24 de maio de 2017, através da Licença de Instalação nº 197/2015.

Apesar dessa autorização, o IFCE em momento algum desmatou vegetação nativa, tendo, inclusive, mudado o local de construção dos blocos para evitar desmatamentos. Foram retiradas árvores invasoras e há um Plano de Gestão Ambiental do Campus para mitigar os efeitos dessa retirada. O Instituto tem compromisso com o Meio Ambiente, sendo promotor dos cuidados com o planeta visto que é um de nossos eixos de atuação com o curso Técnico em Meio Ambiente e o curso, de nível superior, de Engenharia Ambiental e Sanitária.

Existe no IFCE um programa de recomposição – reflorestamento da área do Cedro e da mata ciliar do rio Sitiá que faz parte do plano de gestão ambiental do campus. Esse plano prevê a recomposição gradual de toda a área ocupada pelo Instituto com a previsão do plantio de 60.000 mudas em sete anos. As mudas de árvores nativas da região são produzidas no próprio IFCE em parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além disso, possuímos um projeto de coleta de sementes e produção de plantas nativas do semiárido.

Atualmente as primeiras duas mil mudas se encontram em processo de rustificação para as primeiras intervenções no ambiente. O campusconta ainda com uma área específica da “Farmácia Viva” onde se realizam pesquisas e projetos de extensão com a finalidade de elucidar as potencialidades das plantas da caatinga e suas propriedades medicinais e outros usos.

O objetivo em médio prazo é que estas intervenções criem no espaço do Açude do Cedro um território singular no semiárido nordestino com diversos exemplares de flora, devidamente catalogados e acompanhados, em toda a Alameda do Cedro. 

Atenciosamente,

Coordenadoria de Comunicação Social e Eventos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará campus de Quixadá




Comentários

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  1. “Cidadão Esclarecido” pelo senso comum.

  2. Cá pra nós: é muita conversa para pouquíssima ação. O que vemos no Cedro é a destruição acelerada da vegetação. Não somos cegos. Antigamente existia um túnel formado por árvores, que aos poucos estão morrendo ou sendo engolidas por pista, calçada e cercas das duas instituições. Palavras muitos bonitas, mas as plantas não sobrevivem de palavras, infelizmente. 🙁

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