O tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na última quarta-feira pela Polícia Federal na 12ª fase da Operação Lava Jato, é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção que atingiu a Petrobras. Vaccari nega as acusações e o próprio PT emitiu nota, assinada pelo seu presidente, Rui Falcão, assegurando confiança na inocência dele.
O Juiz Sérgio Moro, porém, justificou assim o mandado de prisão contra Vaccari: “Quem responde por tão graves crimes, que incluem a utilização da posição de tesoureiro de partido político para angariar recursos criminosos e corromper o sistema político, oferece um risco a ordem pública.”
Delatores da Lava Jato afirmaram que Vaccari era encarregado de recolher propina cobrada pela diretoria de Serviços da Petrobras. O tesoureiro é réu na Lava Jato pelas acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, crimes que, juntos, preveem pena de mais de 20 anos de prisão.
As doações ao PT ficaram sob suspeita porque, segundo o Ministério Público Federal, foram uma forma de pagamento da propina que empresas deviam ao partido para manter contratos com a Petrobras. Conforme as investigações em andamento, os valores eram utilizados para financiar campanhas eleitorais do PT por todo o país.
DINHEIRO INJETADO NA CAMPANHA DE 2012, EM QUIXADÁ
O PT em Quixadá, município do Sertão Central cearense, foi um dos beneficiados por repasses autorizados por João Vaccari Neto enquanto tesoureiro nacional do partido.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, na campanha de 2012, mais de 50% das receitas de campanha declaradas pelo candidato petista, Ilário Marques, originaram-se de repasses autorizados pela tesouraria nacional do partido. Foram exatos R$ 256.500,00 captados desta forma pela campanha de Marques. Veja recorte a seguir.
As doações do partido, vale ressaltar, foram oficializadas e registradas no TSE. Quanto à exata origem do dinheiro, porém, não há ainda como determinar até o final das investigações.
Em 2004, a campanha de Ilário Marques já havia sido beneficiada por estranhas doações da empresa Camargo Corrêa, atualmente investigada na Lava Jato por acusações de envolvimento no largo esquema de pagamento de propinas ao PT. As doações da empresa a campanhas petistas não se restringiram apenas a Quixadá, mas incluíram outros municípios do interior do Estado.
HISTÓRICO DE VACCARI
João Vaccari Neto é tesoureiro do PT desde 2010. Bancário e sindicalista, foi um dos fundadores da CUT. Presidiu o sindicato dos bancários e a Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários. Até janeiro, Vaccari era conselheiro da binacional Itaipu, só deixou o cargo meses depois de ter seu nome envolvido nas denúncias da Petrobras. Ele é membro do diretório nacional do PT desde o início dos anos 2000.
Sugestão ao site e a PF: investigar todos os candidatos e partidos do Brasil. Será que cabe todo mundo na sede da PF? E esse caso, já foi condenado sem ser julgado? E pode?
Fazer campanha com um monte de dinheiro desse sabe-se lá de onde veio é muito bom. Ilário nunca me enganou, e agora só engana a um alguns bestas que ainda acreditam nele.