Andar com um aparelho de celular pelas ruas de Quixadá ou mesmo sentar na calçada da própria casa com um deles tornou-se uma ação de risco neste município do Sertão Central do Estado.
Assaltantes estão de olho em qualquer oportunidade para roubar esses objetos cuja venda posterior, troca ou empenho movimentam as chamadas “bocas de fumo” da cidade. De fato, o tráfico de drogas é o motor que faz girar a engrenagem da criminalidade.
Nesta terça-feira, 27, uma senhora identificada pela polícia apenas pelas iniciais C.E.N., estava sentada na calçada de sua residência, por volta das 21 horas, quando um indivíduo alto, magro, moreno, fez uso de uma faca e, com ameças, roubou-lhe o celular. O bandido fugiu a pé até uma esquina onde havia deixado uma bicicleta, na qual fugiu. Acionada, a PM realizou diligências, mas não teve êxito na captura do criminoso.
Algum tempo depois, já por volta das 23 horas, outra ocorrência do mesmo tipo foi registrada pela polícia em frente ao depósito Dimadeira, na Avenida Plácido Castelo, Centro da Cidade. Um adolescente, cujo nome não pode ser divulgado por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente, foi apreendido pela polícia após ter assaltado um celular. Com ele a polícia apreendeu um revólver calibre 22 com capacidade para cinco tiros.
Um dia antes, no Alto São Francisco, bandidos apontaram um revólver para a cabeça de duas crianças e tomaram seus celulares.
A polícia prossegue realizando seu trabalho, em circunstâncias que poderiam ser melhores caso houvesse mais investimentos estratégicos por parte do Estado. Apesar dos esforços, a criminalidade se torna cada vez mais ousada e os assaltos que alimentam o tráfico prosseguem na ordem do dia das ruas quixadaenses.