O representante do Comando de Policiamento do Interior (CPI), Cel. Macedo Júnior, e o Tenente-Coronel José Ednardo de Carvalho Calixto, comandante do 9º Batalhão militar de Quixadá, participaram na manhã desta quarta-feira, 27, de uma audiência pública na Câmara Municipal.
A audiência objetivava debater os altos índices de criminalidade no município de Quixadá e discutir medidas para conter o avanço da violência. A população vem reclamando incessantemente da insegurança. Assaltos a pedestres e roubos a estabelecimentos comerciais tem se tornado práticas corriqueiras, especialmente no centro da cidade.
De acordo com o vereador Audênio Moraes, que propôs a realização da audiência, poucas pessoas se fizeram presentes ao plenário da Câmara, apesar do tema importantíssimo em debate. Nem mesmo o presidente da Câmara, vereador Pedro Baquit, participou das discussões.
Apesar da presidência da casa legislativa ter enviado convites a algumas instituições, pouco foi feito para divulgar a audiência. Na avaliação de Audênio Moraes, “a Câmara está morta em termos de comunicação com a sociedade”.
A postura de descaso da presidência em relação à divulgação dessa importante audiência pública foi considerada por fontes ligadas à Câmara como irresponsabilidade social, além de deselegância com os principais convidados que, atônitos, olhavam para uma assistência praticamente vazia.
A postura da câmara municipal diante dos temas mais caros à sociedade quixadaense reflete uma presidência caracterizada pela inexperiência e acanhamento. Em dezembro deste ano, o vereador Pedro Baquit deverá sair do cargo.
Apesar da baixíssima adesão popular, a audiência pública culminou com a elaboração de uma pauta de encaminhamentos e requisições, definida da seguinte forma:
- Celebração de convênio entre Estado e Município no intuito de dar suporte financeiro psra manutenção do Quartel de Quixadá;
- Implantação do Sistema de Monitoramento de Câmeras e a criação da Secretaria de Segurança Pública do Município;
- Ampliação e reestruturação da Guarda Municipal e do DMT;
- Ampliação da ação do COTAR;
- Investir nos projetos sociais e educacionais (Escola de Tempo Integral, Rede de Assistência Social e PROERD);
- Implantação dos destacamentos da PM nos distritos e nos bairros: Campo Velho, Campo Novo e Renascer;
- Reativação da Cavalaria Militar em Quixadá;
- Parceria com o Poder Judiciário e a Polícia Civil, no sentido de dar agilidade às execuções penais e às investigações;
- Implantação do grupo ‘RAIO’ no município de Quixadá;
- Investimento na modernização, ampliação e manutenção da iluminação Pública;
- Garantir o funcionamento dos setores de atenção às mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência (Centro de Referência da Mulher e Conselho Tutelar);
- Presença ostensiva do Ronda do Quarteirão;
- Reestruturação e ampliação da frota da PM em Quixadá;
- Construção em caráter de urgência da penitenciária de Quixadá.
Triste ver que o poder legislativo não goza de respeito por parte da sociedade. Isto preocupa, os vereadores deveriam repensar seu papel ns sociedade, em vez de mudarem de lado toda eleição, ou seja, ficam sempre na sombra do executivo. A credibilidade de vocês está em jogo. A sociedade não confia mais na representação das câmaras. Repensem e deixem de pular fe galho em galho, mudar de partido como se fosse a coida mais natural do mundo.