A notícia de uma reunião ocorrida no início da última semana entre a ex-secretária de saúde de Quixadá, Aída Magalhães, e os vereadores, tem repercutido bastante.
No último sábado, 15, o vereador Luiz do Hospital conversou com o radialista Wanderley Barbosa e revelou algumas denúncias e confissões que teriam sido feitas pela ex-secretária. “Eu falo porque tenho testemunhas do que ela disse. Até os vereadores de situação foram surpreendidos com o que nos foi revelado”, afirmou o parlamentar.
O vereador explicou que estiveram presentes na reunião, além dele, as seguintes pessoas: Rosa Buriti, Ereni Tavares (Capitão), Bacurim, Laércio Oliveira, Louro da Juatama, Ivana Magalhães, Adriana Severo, Pedro Baquit, Aída Magalhães e Michel Ximenes.
O vereador Luiz afirmou durante o programa que a base aliada do prefeito possui agora conhecimento de denúncias gravíssimas e que deve, assim como os demais, ter interesse em esclarecer tudo.
Uso de notas fiscais frias, superfaturamento de preços, salários pagos ao Diretor Clínico por plantões que não existiram e produtos comprados que nunca foram entregues estão entre as denúncias ouvidas pelos parlamentares. Luiz do Hospital e Rosa Buriti – esta última durante a audiência pública sobre saúde -, revelaram que Aída Magalhães acusou o prefeito João de ter proibido que informações sobre a cooperativa DINAMICA fossem repassadas aos vereadores.
Chamou também atenção dos vereadores uma confissão que, de acordo com Luiz do Hospital, teria sido feita pela ex-secretária de saúde.
Aída Magalhães teria dito que havia assinado Folhas de Pagamento completamente adulteradas. “Ela disse que enviava para a prefeitura uma Folha de Pagamento com um valor X e que essa folha retornava com um valor Y, sempre mais alto do que aquele que ela havia enviado”, disse Luiz. A ex-secretária não teria dito quem é que fazia as alterações nos valores. “E mesmo sabendo que a Folha estava alterada a Senhora a assinava?”, perguntaram os vereadores, ao que a ex-secretária teria respondido: “Sim, eu assinava.”
Nesta segunda-feira, 17, está agendada uma reunião entre os vereadores cujo objetivo é a instalação da CPI da Saúde. “O Audênio, que é o Líder desse governo lá na Câmara, disse que o prefeito João havia autorizado a abertura da CPI. O prefeito não autoriza nada não. O governo dele é que vai ser investigado. O prefeito tem é que ficar calado e bem quietinho, porque essa CPI sai ou sai. Se não sair por bem, vai sair através da Justiça, porque nós vamos exigir isso”, afirmou Luiz do Hospital.
Kelton Dantas, que também conversou com o radialista, afirmou que todos os limites de paciência já foram extrapolados. “Estamos com 15 meses dessa gestão e não vemos as coisas acontecendo. Base para cassar esse prefeito já tem e nós exigiremos que todos estes assuntos sejam esclarecidos”, disse ele.
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