A exumação dos restos mortais de Francisco Daniel Alves Prado, que estaria enterrado no cemitério São Miguel, em Itatira, no Sertão Central, foi realizada na manhã desta quinta-feira, dia 17.
Dentro de 30 dias os legistas da Coordenadoria de Medicina legal (CML) deverão informar se a criança enterrada em 1999 foi realmente Daniel Prado, que tinha quatro anos.
O titular da Delegacia Regional de Canindé, Dionísio Amaral, inspetores e legistas participaram da exumação. O delegado Francisco Carlos Crisóstomo, diretor do Departamento de Inteligência Policial (DIP) acompanhou de perto o procedimento. Em razão da polêmica causada, um esquema de segurança especial foi montado dentro e no entorno do cemitério, para evitar a presença de curiosos e jornalistas.
Caso seja comprovado que os restos mortais nãop são de daniel Prado, a Polícia terá muito trabalbho para localizar o garoto, que hoje deve ter 15 anos, e descobrir quem foi enterrado. O delegado Francisco carlos Crisótomo garantiu que se o menino estiver vivo, vai buscá-lo.
O caso
Daniel Alves Prado teria morrido de forma trágica em 1999, aos quatro anos, em Itatira. A informação dá que ele teve queimaduras de terceiro grau decorrente de uma explosão dentro de uma oficina mecânica. A criança foi encaminhada ao Instituto Doutor José Frota (IJF), na capital cearense, onde foi declarada a morte. Onze anos depois, entretanto, a família foi informada de que existe a possibilidade de ele estar vivo e morando no interior de São Paulo, precisamente em Araçoiaba da Serra.
Uma mulher, que se identificou como Cristina Borges, de São Paulo, gerou dúvidas sobre o caso. Ela afirmou ter conhecido um garoto com o mesmo dado cadastral de Daniel Prado. Ela teria sido namorada de um caminhoneiro, conhecido por Ivan, e ajudado a matricular o menino em uma escola.
Quando ligou para o cartório de Itatira, pedindo a segunda via do registro de nascimento do menino, a funcionária percebeu que se tratava do mesmo garoto dado como morto anos antes. Cristina Borges tinha o nome completo de Daniel, dos pais biológicos, além da data de nascimento e a cidade natal do menino.
Amigos da família de Daniel Prado contaram que os parentes souberam que o garoto fora levado, anos atrás, de uma casa localizada no bairro Barra do Ceará, na capital cearense. De acordo com os parentes, o caminhoneiro Ivan, que teria levado o menino, achou a criança nessa residência e resolveu cuidar dele.
A versão se confunde com a história inicial de que Daniel Prado teria passado dias pedindo esmolas na rua até ser achado pelo caminhoneiro.
Fonte: Jangadeiro on line