O líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Plácido Filho (PDT), denunciou que 12 guardas municipais estariam fazendo a segurança da mãe da prefeita Luizianne Lins, Luiza Lins. Segundo ele, a informação foi divulgada por matéria jornalística de uma emissora de TV local. O assunto gerou amplo debate no plenário Fausto Arruda.
Em aparte, o vereador Marcelo Mendes (PTC) declarou que o fato, se verdadeiro, é considerado ato de improbidade administrativa, o que pode, inclusive, causar a cassação da prefeita. O parlamentar, com base na legislação em vigor, afirmou que a Guarda Municipal só pode fazer segurança da prefeita, do vice-prefeito e de outras autoridades, em casos especiais, indicadas pela prefeita. “Parente não é autoridade”, bradou.
Os vereadores Carlos Mesquita (PMDB) e Guilherme Sampaio (PT) saíram em defesa da prefeita, afirmando que a casa da mãe dela é bastante frequentada por Luizianne e seu filho, o que justificaria a disponibilidade de segurança da Guarda Municipal. Para Mesquita, há assuntos mais relevantes a serem tratados na Câmara.
O líder da prefeita na Casa, vereador Ronivaldo Maia (PT), confessou que a Guarda faz a segurança do local, mas garantiu que o revezamento inclui oito guardas, e não doze. Segundo ele, a denúncia é motivada por descontentamento de uma das entidades de classe que representam os membros da Guarda, que teriam interesses contrariados.
Plácido reiterou a denúncia, criticando a postura da administração municipal. Para ele, a segurança pessoal da prefeita não pode ser confundida com a segurança dada à casa da mãe de Luizianne. O vereador Dr. Ciro (PT) foi outro a condenar a atitude da Guarda Municipal.