A terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva, declarou, durante convenção em São Paulo neste domingo, que se manterá neutra no segundo turno da disputa eleitoral. A verde preferiu chamar a posição de “independência”.
Em carta aberta a Dilma Roussseff e José Serra lida durante o evento, Marina criticou a polarização política entre PT e PSDB e cobrou um avanço maior dos dois finalistas da eleição no compromisso com o programa apresentado pelos verdes a eles.
– O fato de não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade. Creio que a posição de independência é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.
Na carta, Marina deixou clara que esperava um prova de amor mais concreta de Dilma e Serra.
– Embora mostrem afinidade, gostaríamos que avançassem em clareza e profundida com as nossas propostas.
A candidata derrotada disse que PT e PSDB “se deixaram capturar pela lógica do embate” na disputa política nacional.
Os discursos feitos antes do de Marina deixaram clara a opção da legenda pela neutralidade. Alfredo Sirkis, vice-presidente do PV, o deputado federal Zequinha Sarney (MA), o candidato a vice de Marina, Guilherme Leal, e candidato derrotado ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, defenderam a independência.
Quem perde mais com a neutralidade de Marina?
O governo e sua candidata, Dilma. Porque a afinidade ideológica de Marina é maior com eles do que com Serra. Marina foi PT até outro dia. Só deixou de ser para sair candidata pelo PV. Continuou sendo PT no Acre, seu Estado. E ali foi derrotada no primeiro turno por Serra e Dilma.
Fonte: Blog do Noblat