Nos dias 1 a 3 e 8 a 10 de abril, o cinema do Pinheiro Supermercado em Quixadá exibirá o filme “A Lenda do Gato Preto”, do cineasta quixadaense Clebio Viriato. O filme foi premiado internacionalmente por sua contribuição aos direitos humanos.
O FILME
Com direção de Clébio Viriato Ribeiro, A LENDA DO GATO PRETO exalta a força da cultura cigana e sua contribuição para formação da identidade cultural brasileira. Uma proposta que respeita as diferenças das minorias étnicas, reconhecendo o legado que os povos ciganos (notadamente os que passaram pelo sertão nordestino em meados do século passado) deixaram às futuras gerações.
“A Lenda do Gato Preto” foi inspirado em uma lenda urbana propagada em Quixadá, município do sertão central do Ceará, que diz sobre uma menina tomada pelo desejo súbito e irresistível de subir pela parte mais íngreme da Pedra do Cruzeiro, vencendo seus 90 metros de altura sem a ajuda de qualquer equipamento, afirmando ser atraída por um gato preto que a conduzia até o topo da pedra.
Repleto de misticismo, surrealista e romântico, sua temática é lúdica e divertida, ideal para diversos públicos. Feito para mexer com imaginário de muita gente, a produção espera envolver e captar um público extenso, garantindo a propagação da obra para outras praças. Como resultado, espera-se atingir um milhão de espectadores na faixa etária de 13 a 80 anos de idade entre cinéfilos, remanescentes de comunidades ciganas, jovens e adultos, homens e mulheres das classes sociais A, B, C e D no Brasil e Exterior.
Porque um filme sobre ciganos? Ao contrário dos índios, hoje também uma minoria, os ciganos nem sequer são citados na Constituição Federal. A defesa dos direitos e interesses ciganos, no entanto, é bem mais difícil e complexa.
O filme, com tons de realismo fantástico, tem como fio condutor a passagem dos ciganos pelo sertão e uma lenda urbana de Quixadá que versa sobre uma garota que subia pela parte mais íngreme os 90 metros da Pedra do Cruzeiro sem ajuda de nenhum equipamento. Uma multidão se juntava no sopé da pedra para ver a garota e sua performance. Quando descia, falava para os populares que era um gato que a chamava e a conduzia para o topo da pedra.