Qual é a nossa disposição dominante em relação aos outros? Amar ou condenar?

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Em relação a qualquer profissão de fé cristã, há alguma coisa fundamentalmente errada na imensa disposição para julgar daqueles que fazem pouco caso ou corpo mole quando o que se exige deles é ajudar.

Nas passagens dos evangelhos que tem relação com esta temática, Jesus quase sempre preteriu as atitudes julgadoras, as condenações, a imposição de disciplina e a aplicação de certas restrições em prol da disposição de assumir o lugar do sofredor, de colocar-se ao seu lado, de amparar-lhe nos momentos de dificuldade, indo àquela outra margem somente quando agir assim era absolutamente imprescindível para a recuperação do próprio aflito ou para o bom equilíbrio entre amor e justiça.

De fato, era sempre o amor verdadeiramente fraterno que guiava o senso de justiça do filho de Maria. Tudo sob medida. Tudo no seu devido lugar.

O fundador do Cristianismo nunca foi semelhante ao juiz frio que condena e esquece o condenado, mas agiu como o médico amoroso que interna o doente e não sai do pé da sua cama enquanto não o vê curado. Que exemplo inspirador o de Jesus Cristo!

Portanto, em harmonia com este modelo de conduta deixado por ele, que a nossa disposição dominante em relação aos outros penda continuamente para o amor fraterno, e que a mão que estendemos para ajudar chegue sempre antes daquela que levantamos para condenar.

Por Gooldemberg Saraiva
(bergsaraiva@gmail.com)

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