Monólitos Post

O Deputado Estadual Osmar Baquit e seu sobrinho, o presidente da Câmara de Vereadores de Quixadá, Pedro Baquit, deram um passo ainda maior para estreitar os laços com o Partido dos Trabalhadores. Na noite da última sexta-feira, 28, os dois se juntaram aos líderes petistas quixadaenses e seus apoiadores e foram participar, em Fortaleza, do congresso nacional do PT, onde, inclusive, esteve presente a presidente Dilma Roussef.

Osmar e seu sobrinho vestiram com zelo a camisa petista durante a campanha deste ano e ajudaram a pedir votos para o candidato da sigla vermelha ao governo do Estado, o que causou estranheza em setores do PT em Quixadá – historicamente de oposição aos Baquites -, bem como entre alguns dos próprios apoiadores do Deputado. A participação no congresso petista, no entanto, foi o ponto mais alto, até agora, da aproximação entre as duas partes.

BASTIDORES

Ilário Marques e Osmar Baquit ainda não se reconhecem publicamente como aliados, porém, nos bastidores, caminham em direção à formação de um bloco único, com vistas a disputar a prefeitura de Quixadá em 2016. Aparentemente, não desejam causar impacto desnecessário no eleitorado ao expor qualquer medida de aproximação.

Em 2012, durante as negociações para formação das chapas, Ilário recusou ter Pedro Baquit como seu vice na disputa pela prefeitura. Ele preferia o atual prefeito de Quixadá, João Hudson Bezerra, para ocupar a posição. As negociações não prosperaram e João Hudson – que venceu a disputa -, acabou se tornando o cabeça de chapa do grupo opositor ao PT, tendo Wellington Xavier, o Cí, como seu vice-prefeito.

Desta vez, informações de bastidores dão conta de que Ilário teria amolecido sua rejeição ao nome de um Baquit, e que já trataria como aceitável a ideia de ter Pedro Baquit como seu vice na disputa. Se problemas com a justiça eleitoral chegarem ao ponto de impedir sua candidatura, Ilário cogitaria emplacar, ao lado de Pedro Baquit, o nome de sua esposa, Rachel Marques. Neste ano, Rachel não conseguiu se reeleger para a Assembleia Legislativa.

Os cidadãos quixadaenses permanecem atônitos diante dos cenários novos que vão sendo desenhados. Fica cada vez mais claro que, na política, em nome da obtenção do poder, ninguém faz cerimônia em nivelar-se por cima ou por baixo, e que a regra maquiavélica de que “os fins justificam os meios” ainda vale muito.