Monólitos Post

Um exame dos gastos da Prefeitura de Quixadá em 2013, disponíveis no Portal da Transparência, do Tribunal de Contas dos Municípios, revela que o então Secretário Francisco das Chagas da Silva, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), autorizou em outubro de 2013 a compra de CEM MIL SACOS DE LIXO.

É como se a SEDUMA tivesse utilizado quase DEZ MIL SACOS DE LIXO por mês!

A nota de empenho 09100007, cuja emissão está datada de 09/10/2013, contém uma lista de materiais de limpeza que a SEDUMA comprou. O valor empenhado e já liquidado desta única nota foi de R$ 20.273,60. Deste valor, R$ 17.000,00 foi gasto com a compra de mil pacotes de sacos de lixo, cada um deles com cem unidades de cem litros.

Também chama atenção, nesta mesma nota de empenho, a compra de mil e cem litros de desinfetante de fragrâncias variadas.

Os gastos com sacos de lixo, no entanto, não se resumem a estes números. Uma análise das despesas de apenas mais duas secretarias, com o mesmo item, revela que mais de 200 MIL SACOS DE LIXO foram comprados. Os valores gastos apenas com sacos de lixo vão além dos R$ 30.000,00.

Incrivelmente, em locais estratégicos da cidade, tais como as praças, não existem lixeiras e muito menos sacolas. Na Praça da Estação, por exemplo, moradores do entorno providenciaram que baldes velhos, sem sacolas, fossem espalhados pelo local, já que a SEDUMA não forneceu nenhum exemplar dos mais de cem mil adquiridos.

Na gestão do prefeito João Hudson Bezerra, a SEDUMA já mudou de gestor sete vezes. Com a saída do vereador Cezar Augusto, na última semana, a Chefe de Gabinete Brenna Calixto, sobrinha do Prefeito, assumiu, mas logo deverá passar o comando da pasta para um novo nome.

Um caso que se destacou no noticiário nacional recentemente foi aquele em Juazeiro do Norte que ficou conhecido como “Farra das Vassouras”. O presidente da Câmara de Vereadores, Antônio De Lunga, foi investigado pelo Ministério Público por causa de gastos exagerados com produtos de limpeza. Dentre os gastos autorizados pelo gestor, constavam cerca de 4 mil vassouras; 2,5 toneladas de sabão; 2, 5 mil caixas de fósforo, 312 unidades de óleo de peroba, 33,6 mil unidades de lã de aço, entre outros produtos. Uma farra com o dinheiro público!

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